11 de agosto de 2013
Sou estranha
Tá, eu sou estranha, e daí? Só não acho que todo mundo deva seguir o mesmo roteiro. Não é obrigatório trabalhar pra poder ser alguém independente, isso suas atitudes mostram. Não é necessário sair todo final de semana para poder ser feliz, na verdade não é preciso sair de casa pra ser feliz. Cada um se diverte da sua maneira. Eu não preciso ficar com alguém pra ter certeza de quem eu sou, muito menos pra me aceitar do jeito que eu sou. Ninguém precisa seguir o estilo de vida imposto pela sociedade, que é mais ou menos isso: “Saia todo dia pra todos poderem ver o quanto você é feliz, beba, fale quantos palavrões sejam necessários para mostrar que não se importa com nada, beije um aqui e outro ali porque você tem que aproveitar enquanto é jovem. Agora você já aproveitou, então encontre um namorado que seja do jeito que você sempre quis. Vocês terminaram? Então supera, está na hora de encontrar outro, o seu ex nem era tão bom assim. Agora você está ficando velha, precisa casar logo ou então ficará solteira pro resto da vida. Casou? Então tenha filhos, e trabalhe o resto da vida pra poder pagar as contas. Quando você achar que seu casamento está ruim, ache outro marido. A vida é assim.” E se eu não quiser isso pra mim? Eu sou errada? E daí se eu prefiro ficar deitada na minha cama com meu computador o dia inteiro à sair e encontrar pessoas estúpidas e vazias? E daí se eu prefiro assistir à um filme em casa do que ir pra festas? E daí se eu não quero ficar, e nem namorar, com alguém? E daí? Esse é o meu jeito. E daí que eu sou dramática e vivo reclamando da minha vida? A vida é minha, se eu quiser, eu reclamo. Não gosta? Só lamento, eu fico melhor sozinha. Eu prefiro o meu quarto, o meu mundo, aqui dentro ninguém me julga, nem fala que estou vivendo do jeito errado. Não existe jeito pra se viver. Eu também não preciso conhecer gente nova, já conheço muita gente, gente até demais. E, e daí se eu gosto de escrever, e prefiro isso à qualquer outra coisa no mundo? Mas… sabe qual é a droga nisso tudo? É que mesmo querendo ficar em silêncio, a minha cabeça é um turbilhão de pensamentos, de oportunidades, de dúvidas, e tudo isso faz mais barulho do que um estádio lotado na final da copa do mundo. Eu detesto isso de querer fazer tudo certo, e tudo do meu jeito. A verdade é que ao mesmo tempo em que quero ser assim pro resto da minha vida, eu faria qualquer coisa pra ser diferente. E esse é um dos meus mais cruéis paradigmas. Talvez algum dia eu mude. Sei lá, quem sabe né? Mas agora, nesse momento, eu sou assim. E talvez eu não seja mais a mesma pessoa que começou a escrever este texto, provavelmente eu já mudei de ideia várias vezes. Só que se isso não for permitido na visão de mundo que a maioria das pessoas tem, eu não posso fazer nada. Na verdade, posso fazer três coisas: lamentar, ignorar e esquecer. Se não suporta o meu temperamento difícil, ou não concorda com o que eu faço, simplesmente saia da minha vida. Assim, fácil. Ninguém me aguenta por muito tempo, você não seria a primeira pessoa.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário