8 de setembro de 2011

As horas passam

Era tarde e a chuva caía. Eu olhava na janela, as gotas caindo. Os carros passavam, e as pessoas se protegiam da chuva. É engraçado, porque todo mundo fala que ama a chuva, e todos se protegem dela para não se molhar, para não estragar as aparências. Todo mundo ama as árvores, mas olhe que irônico, a cada dia que passa elas estão sendo mais destruídas. Todos amam o ar puro, mas poucos se preocupam em cuidá-lo. Falar é fácil demais. Todos os dias eu vejo pessoas fingindo ser o que não são, tentando mostrar algo que não é verdade, só para viver de aparências. Todos tem capacidade de falar 'eu te amo', só que poucos tem um sentimento tão intenso assim. Olhei no relógio e vi que tinha passado pouco mais de uma hora. E quando a chuva passou e o sol veio, as pessoas começaram a sair pra rua. Só que as pessoas continuam andando de carro, e vão tão rápido. Todos apressados. E então eu percebi que os carros são como as pessoas. Eles vão e voltam, todos os dias, para os mesmo lugares, por vezes até, pra lugares diferentes, mas geralmente seguem uma rotina. As pessoas vão, até voltam, só que na maioria das vezes vão pra não voltar. E você é aquela pessoa perdida no meio da chuva, que não tem medo dela, só que nem por isso ela deixa de te molhar. Cansada de ver as pessoas indo pra longe de mim, eu resolvi parar de me machucar, e decidi ser como o sol, que mesmo queimando, ilumina o dia das pessoas, por mais que as pessoas se protejam dele também.

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