14 de abril de 2011

Quem sou eu?

Se sentir em um abismo é horrível, se atirar em queda livre, abandonar meu próprio ser, a própria consciência. Hoje vi que eu nunca fui quem eu realmente era, na verdade, eu nunca fui ninguém. Eu diria que fiz tudo o que eu sempre quis, se tivesse feito. Nunca fiz nada que eu pudesse olhar pra trás e me orgulhar. Eu nunca fiz grandes atos, e nunca acreditei demais nas pessoas. Isso é engraçado, porque ao mesmo tempo em que eu não acreditava eu me iludia. Eu quero me encontrar em algum lugar, só que não sei ao menos onde eu parei, não sei o motivo de ter parado minha tragetória. Parece que eu travei, apertei o pause, e agora estou vivendo como se fosse alguém que eu não sou, porém ao mesmo tempo que o faço, eu não deixo de fazer o que eu fazia antes, porque eu sempre fui todos, menos quem eu gostaria de ser e era. Hoje resolvi apertar stop, e acabar com o que eu era, ou então, acreditava ser. Começar uma nova história, um filme que eu não saiba o final, com novos protagonistas e antagonistas. Quero uma nova vida, um novo eu, novos amigos, novas atitudes. Quero tudo novo. Eu nunca gostei de mudanças, mas percebi que se eu não mudasse me veria afogada em um mar de ilusões que eu mesma criei. Quem eu sou? Ainda não sei, talvez um dia eu descubra. Só o que eu sei é que eu sou alguém que busca pela felicidade assim como qualquer outra pessoa, mas ao mesmo tempo uma pessoa que já provou da felicidade só que ainda não descobriu.

3 comentários:

  1. Muito bom o blog como sempre. Se tudo que tu escreveu for mesmo verdade, espero que eu esteja nessa nova história e vida sua.

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  2. eu encontrei esse blog no twitter. Gostei bastante. Você escreve muito bem. Já disse isso no twitter, mas vale a pena repetir porque é difícil achar blog assim. Íntimo. Aliás, bem intimista. E Marjana, as mudanças são boas. Nos fazem aprender, aprender principalmente que não podemos controlar totalmente nossa vida. Não quero dizer que somos descontrolados, não é isso, mas os seres humanos sempre querem controlar tudo e muitas vezes não é possível, como a vida. Seu texto me fez pensar muito. Gosto desses textos, que nos colocam na parede, nos obrigam o exercício do pensamento. Por isso leio, por isso vivo, e por isso estou seguindo seu blog. Parabéns.

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