17 de agosto de 2010

Sem querer

Ela era paranóica e vivia dizendo que ia deixar ele para trás, que nunca mais ia procurá-lo e que ia deixar ele viver em paz. Ela acreditava em tudo o que ele dizia e sempre dava os ataques de ciúmes dela, e apesar de tudo ela era feliz com ele e confiava nele demais. Ela sonhava e pensava que tudo ia acontecer, mas um dia ela cansou de ser tratada como era. Bom, pelo menos era o que ela dizia, pois ela sempre foi boa em fingir sentimentos. Ela nunca falava a verdade, ela nunca sabia o que era verdade. Sabe quando a pessoa mente tão bem que acaba acreditando em todas as mentiras? Isso acontecia com ela. Ele era do tipo que não tá nem ai pro que pensam, pelo menos era isso o que ele demonstrava. Ele não se apegava fácil, e nem difícil, ele nunca se apegou. Ele estava acostumado a ficar com muitas, mas um dia ele quis parar com isso, e se viu trancado e sufocado em um mar de falsas amizades. Pessoas que nunca levaram ele a nada. Agora ele não tinha mais ela. Ela nem queria mais ele. Repetiu tantas vezes isso durante anos que acabou se convencendo, e a vida dela passou a ser melhor a partir do momento em que ela desistiu de ter ele, e preferiu ser feliz. Ser bom com as pessoas é fazer elas felizes, e se amar não é egoísmo e sim se dar o valor. E sem querer eles estavam interligados, e mesmo que essa ligação fosse o ódio, isso jamais morreria.

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