22 de setembro de 2010

Prisão sentimental

Ao passar pelas pessoas na rua me sinto uma estranha. Meu quarto é meu refúgio, a noite é minha guia. Me encontro em constante escuridão, me sinto mal. Não sei se sobreviverei por causa de tamanha dor que habita em meu coração, que invade o meu ser. Estou no centro de um rio, e a correnteza me trás todas tristezas, todas desilusões. Ilusão. Mudei para agradar as pessoas, mas isso não foi o suficiente. A cada dia é mais difícil demonstrar o que eu sinto com tanta mentira, tanta falsidade. Não existe mais verdades. Eu fiquei sabendo já há muito tempo. Eu desconfiei que tudo acabaria, tudo ficaria assim, dessa maneira. Eu falei, ou pelo menos eu tentei falar. Parece que eu sempre era ignorada. Quando eu tentava falar me calavam. Não me escutaram, nunca escutam. Me tranquei aqui e não consigo mais me libertas. Os sonhos me prendem, o medo me apavora. Coragem, é algo que só conheço o nome. Não saio daqui enquanto não me ouvirem, não sairei dessa prisão chamada alma. Uma prisão sentimental, algo que conheço a muito tempo.

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