1 de setembro de 2010
A verdadeira fraqueza
Estou aqui, acho que estou bem. Na verdade, eu não sei o que é estar bem a muito tempo, eu não sei como é se sentir bem. Eu não sei quem eu sou, eu não sei o que me tornei. E eu não sei o que pensar de você, de todos. Eu sei que tudo mudou, e sei que não suporto mais ficar aqui, todos me sufocam, e tudo o que eu quero é me livrar de todos, me livrar das pressões, eu quero poder acordar sem ter que dar explicações e sem ser obrigada a fingir um sorriso. Não posso mais continuar como estou, não consigo mais fingir sentimentos, e estou farta de tudo. Estou farta de todos. Quando estou triste, não posso chorar, não posso desabar em lágrimas como todos, porque tudo isso faz parte de um conceito assustador chamado aparência. Tudo o que eu não posso fazer para manter uma aparência errada sobre mim me sufoca e me deixa pra baixo. Eu sou obrigada a fingir um sorriso todos os dias da minha vida. Eu não posso explodir, porque isso seria fraqueza. Mas o que é fraqueza? Será que é o que todos pensam? Na minha visão, talvez eu seja a mais fraca. Fraca por não conseguir demonstrar meus reais sentimentos e por não conseguir ser feliz com a máscara que criei. Fortes são os que conseguem chorar sem medo do que os outros irão pensar, fortes são os que mesmo com críticas são capazes de fazer tudo o que querem. Por isso eu acho que a verdadeira fraqueza está dentro de você, está naquilo que você não pode demonstrar, e naquilo que é melhor guardar como um segredo.
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